Algumas vezes fui surpreendida por mães na hora de orientá-las com os seus respectivos filhos por não ser mãe ainda, mas o fato de não ser mãe não significa que eu não tenha experiência com crianças e adolescentes, pois já cuidei de irmãos menores, por várias vezes fui babá e algumas vezes por mais tempo que os próprios pais, fazem 10 anos que trabalho com crianças e com adolescentes e vivencio as situações, dúvidas e problemas do seu dia a dia, creio eu que os diferentes casos e experiências individuais com cada criança e adolescente me deram muito mais bagagem e sabedoria do que muitas mães possuem. Essa história que só mãe entende mãe não é bem verdade, professores entendem mães, babás entendem mães, educadores entendem mães e principalmente as crianças e o seu comportamento. O que acontece é que há mães que não aceitam orientação de alguém que a mesma julgue sem experiência, mas ás vezes há pessoas que não têm filhos que conseguem mudar o comportamento de crianças problemáticas , coisas que nem a avó experiente e nem a mãe conseguiu, por exemplo se seu filho é tão problemático e você vê nele a necessidade de levá-lo a psicopedagoga, você não vai perguntar se a psicopedagoga têm filhos, porque você crê que ela pode ajudar seu filho. Mas o ponto que eu quero chegar é que há mães muito orgulhosas para deixar que alguém a ajude ou interfira na educação do seu filho, mesmo vendo que a sua metodologia de educação não têm tido êxito, possuem o seguinte pensamento: "O filho é meu e eu não admito que ninguém interfira na sua educação, eu sei como educar meus filhos", mas na verdade não sabe porquê se soubesse os seus filhos estariam bem e sem problemas. Algumas vezes atendendo a crianças eu percebi que na maioria dos casos relacionados a problemas infantis, o problema está nos pais e não nas crianças, em 95% dos casos são os pais que precisam de ajuda para que o comportamento dos filhos mudem, mas se a mãe não aceita ajuda como poderemos ajudar o filho? È comum os pais chegarem para reclamar da criança e é importante ouvir tudo com atenção, mas o mais importante é ouvir a criança para então descobrir onde está a raiz do problema , se nela ou nos pais, o que precisa ser encarado pelos pais em caso de filhos problemáticos é o seguinte: "Meu filho(a) está com problemas e eu até agora com os meus métodos e procedimentos não consegui ajudá-lo, é hora de buscar ajuda? Quem sabe você não esteja usando os métodos de educação, afetividade e disciplina errados e isso têm prejudicado o seu filho? Saiba que nem tudo é "Demônio",mas se o problema do seu filho é um demônio ele deve ser arrancado da vida dele, nem toda rebeldia é demônio, nem todo comportamento errado do seu filho é por falta de libertação, ás vezes até a forma que você o trata, as disciplinas que você pensa que aplica nele não são vistas por ele como disciplina, por exemplo atendendo a uma mãe ela me falou que tinha isolado o seu filho e não lhe dirigia mais a palavra, isolou ele de tudo até das comemorações familiares como disciplina por algo que o mesmo havia praticado e que não mudou de comportamento, conversando com o adolescente ele me falou que a mãe não o amava como os outros filhos pois ele era adotivo e por isso o isolava de tudo e não lhe dava presentes como os outros filhos e por isso estava disposto a encontrar sua verdadeira família, e falou que quando falava com ela sobre o assunto ela lhe dizia que ele tinha "sangue ruim" por isso era daquele jeito. Na cabeça da mãe ela estava disciplinando o adolescente, na cabeça do filho ele era discriminado por ser adotivo visto que o mesmo afirmava que os outros filhos faziam coisas piores e a mãe nunca usava esse tipo de disciplina, só com ele, e usava esse termo para disciplinar " Vá para o seu quarto , sangue ruim" ,
Continua....
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